quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Cirrose, Câncer do Fígado e Silimarina

Silimarina

A Silimarina, o que é, suas propriedades e benefícios, é o tema dessa matéria intitulada Cirrose do Fígado & Hepatocarcinoma, que encontrei na web há dez ou doze anos. A autoria é de um professor e doutor de uma renomada faculdade londrina. Decidi republicá-la no blog, porque não a encontrei mais quando a procurei e, por sorte, a tinha impresso e arquivado na época. A silimarina, o seu poder medicinal regenerador e curador dos males do fígado, ainda não havia tornado-se tão popular como atualmente. Por essa razão, aqui está o artigo, praticamente em sua íntegra, excetuando-se apenas alguns detalhes muito técnicos, próprios aos médicos, evitando que a sua leitura torne-se muito longa e enfadonha ao leitor leigo ao qual é direcionado.
    Cirrose do Fígado & Hepatocarcinoma
Cirrose é definida como um processo de cicatrização do fígado onde as células são substituídas ou destruídas, e perdem as condições de funcionar.
Hepatocarcinoma (ou carcinoma hepatocelular – CHC) é o câncer primário do fígado, ou seja, o câncer derivado das principais células do fígado – os hepatócitos. Como os demais cânceres, surge quando há uma mutação nos genes de uma célula que a faz se multiplicar desordenadamente. Essa mutação pode ser causada por algum agente externo (como o vírus da hepatite B) ou pelo excesso de multiplicações das células (como a regeneração crônica nas hepatites e na cirrose), o que aumenta o risco de surgimento de erros na duplicação dos genes. O Hepatocarcinoma, como seu ¨irmão¨ colangiocarcinoma, é caracteristicamente agressivo, com altíssimo índice de óbito (99%) após o início dos sintomas (icterícia, ascite e outros). Se for detectado apenas na fase sintomática, o paciente tem expectativa de vida média inferior a um mês se não for realizado nenhum tratamento, sendo que nessa fase os tratamentos disponíveis são limitados e pouco eficazes. A quimioterapia e a radioterapia são inúteis.
Causas comuns de cirrose e hepatocarcinoma em todo o mundo são os vírus da Hepatite B e Hepatite C.
Quando o fígado não funciona adequadamente, os pacientes começam a manifestar algumas
alterações nos exames de sangue.
Alterações:
- Queda da coagulação do sangue – ocorre um aumento prolongado no tempo de protrombina (um elemento proteico da coagulação sanguínea) - também chamado de um TAP (Tempo de Atividade da Protrombina) - este teste também já está definido como um ¨RNI¨ (Razão Normalizada Internacional) ou INR. O INR é tanto maior quanto for o sofrimento do fígado.
- Aumento da bilirrubina (pigmento amarelo da bile) – superior a 2,0 mg/dl é uma preocupação;
- Queda da albumina – menos de 3,5 mg/dl é uma preocupação;
- Queda do colesterol – menos de 100 mg/l é uma preocupação;
- Queda das plaquetas – menos de 100.000 é uma preocupação (As plaquetas são células envolvidas na coagulação sanguínea).

HEPATOCARCINOMA

Os principais sintomas são:
-Inchaço nos pés e nas mãos;
-Inchaço abdominal (ascite);
-Confusão mental, voz pastosa, enrolada (encefalopatia);
-Perda progressiva de memória, confusão, sonolência e desorientação;
-Dificuldade em dormir durante a noite e aumento de sono durante o dia;
-Vômitos de sangue ou apenas náuseas causadas pelas varizes esofágicas;
-Evacuações com sangue escuro ou claro;
-Icterícia – olhos amarelos /ou cor da pele amarelada;
-Tremores nas mãos (flapping);
-Enegrecimento sanguíneo;
-Perda muscular (emagrecimento dos membros superiores e inferiores com aumento do volume Abdominal);
-Micção diminuída;
-Coma.
Se você tiver cirrose, existe um acentuado aumento do risco de câncer hepático ou da vesícula. É importante que seu médico solicite exames de triagem para nódulos no fígado.
Algumas orientações gerais:
-Dieta livre de álcool;
-A dieta deve ser de baixo teor de sódio (sal). Cinco pequenas porções por dia fracionadas com vegetais, fibras e poucos carboidratos complexos, evitando gorduras. Prefira alimentos grelhados ou assados;
-Evitar certos medicamentos. Os pacientes com cirrose não devem fazer uso de anti-inflamatórios Não-Esteroides como Ibuprofeno, diclofenacos de sódio e potássico, e aspirina. E de maneira alguma usar dipirona sódica ou brometo de N-butilescopolamina.
O Tylenol (paracetamol) é uma droga segura nesse caso, se você fizer uso conforma orientação médica: até quatro comprimidos por dia, tanto na febre quanto na dor.
_Quais as principais plantas ou alimentos para o tratamento da cirrose e Hepatocarcinoma?
Muita aveia e maçãs devem ser ingeridas, antes de tudo. O fitoterápico Silimarina, proveniente do cardo-mariano, é imprescindível. A curcumina é um alimento medicinal que pode mudar positivamente todo o quadro. Alcachofra, quebra-pedra e o boldo chileno também podem ser muito úteis. A tanchagem é utilizada em casos de muita perda de sangue nas fezes por ser hemostática.
  
Silimarina
Hepatoprotetor natural
Cardo mariano

_Nome comum: Silimarina
_Denominação científica: Cardus mariana - Cardus marianus - Cardo mariano
_Aspecto: Insolúvel em água; solúvel em acetona e etanol;
_Parte usada: semente.
Atividade:
Silimarina é o princípio extraído do fruto do Cardus mariana. Seu principal componente é o flavonoide silibinina, mas contém outros componentes como isosilibinina, silidianina e silicristina. Silimarina é indicada nos distúrbios digestivos funcionais que ocorrem nas hepatopatias. Ela atua de forma benéfica como adjuvante no tratamento das doenças hepáticas inflamatórias crônicas. Cita-se cirrose hepática e lesões hepatotóxicas.  O efeito terapêutico da Silimarina é baseado em sua influência sobre a permeabilidade e a função excretora das células hepáticas, bem como na sua eficiência metabólica É um potente estabilizador das membranas dos hepatócitos, conservando a sua integridade e a função fisiológica do fígado. Estudos demonstram que a Silimarina protege as células do fígado da influência nociva de substâncias endógenas e exógenas. Também demonstram, em animais, acelerar a regeneração do parênquima hepático pelo aumento da síntese de RNA do fígado. Sua associação com DL-metionina é capaz de reduzir ou impedir a infiltração gordurosa e a cirrose no fígado. Silimarina promove a rápida melhora dos sintomas clínicos relacionados a esses distúrbios, incluindo cefaleia, anorexia, distúrbios digestivos, sensação de peso epigástrico, sintomatologia cirrótica, etc.
Concentração usual:
Conforme a gravidade dos sintomas, recomenda-se 70mg/1 a 2 cápsulas 3 vezes ao dia, após as refeições, durante 5 a 6 semanas. Ou 140mg/1 a 3 cápsulas ao dia, após as refeições, durante 5 a 6 semanas. Em suspensões contendo 10mg/ml, crianças de 10 a 15kg devem administrar 2,5ml/3 vezes ao dia. Crianças de 15 a 30kg, 5ml/3 vezes ao dia. Adolescentes devem ingerir 7,5ml/3 vezes ao dia, e adultos, 10ml/3 vezes ao dia. Nos casos mais graves, e a critério médico, essas doses podem ser aumentadas.
Nota: A Silimarina se encontra diluída, portanto é necessário fazer conversão. Respeitar o fator de diluição especificado no laudo.
Reações adversas:
Raros casos de gastralgias, episódios diarreicos e excepcionalmente, reações alérgicas cutâneas.
Observações:
Até o momento não foram relatados casos de interação medicamentosa com o uso do produto. Na eventualidade de ingestão acidental de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais. Esse produto não deve ser usado por pacientes hipersensíveis ao componente durante a gravidez.

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