quinta-feira, 28 de maio de 2015

Arte, Sonhos e Esperança no Câncer Infantil

Câncer Solidário
Anything Can Be

Concretizar as fantasias de crianças com câncer é o comovente e original trabalho realizado pelo fotógrafo Jonathan Diaz. Com muito talento, empenho e criatividade, ele transformou os sonhos dos meninos e meninas em belíssimas fotos.
¨Eu quero que eles acreditem que há um mundo muito melhor para eles. Que seus sonhos podem se tornar realidade e que podem superar qualquer coisa, não importa o que seja - especialmente o câncer.¨ Jonathan Diaz
Ver a felicidade estampada em cada rosto e o brilho no olhar de todas essas crianças, que apesar da dor e do sofrimento, viveram momentos de muita alegria, e, por breves momentos, tiveram a oportunidade de novamente serem simplesmente crianças como as outras foi um privilégio compartilhado por todos, tanto pela equipe de trabalho, assim como também pelos familiares.
Livro: True Heroes
Ocasião rara e especial de trocas onde a dor extrema dessas crianças exigiu, mobilizou e extraiu do íntimo de cada um dos envolvidos o que de melhor há em si mesmos. Este melhor que permanece atrofiado pelo nosso molde cultural que entoa, tal qual o canto da sereia, o seu perene mantra a ecoar por Narciso; que nos mantém cativos numa espécie de cárcere privado, encastelados em muralhas bem distantes uns dos outros.
Vejamos um pouco das belas fotos de Jonathan Diaz e do projeto publicado no livro True Heroes com 21 imagens e textos de escritores consagrados. Os recursos arrecadados serão totalmente convertidos para o projeto Anything Can Be, apoiado pela fundação Millie's Princess Foundation, uma organização que dá suporte financeiro às famílias das crianças portadoras de câncer.
SOFIA: A pequena Bibliotecária

CAIMBRE: A pequena Sereia



















ETHAN: O pequeno Batman






















WILLIAN: O pequeno Cavaleiro do Dragão


















JORDAN: A pequena Alice no País das Maravilhas























CARSON: O pequeno Vaqueiro

































ELLIE: A pequena Padeira ou Confeiteira























CAMI: A Fada
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Veja a parte final deste post logo abaixo, ou aqui.






















terça-feira, 26 de maio de 2015

Arte, Sonhos e Esperança no Câncer Infantil - final

Câncer Pediátrico
JORDAN e ETHAN

O câncer infanto-juvenil é atualmente a maior causa de mortes por doenças entre crianças e adolescentes nas idades entre 0 e 19 anos nos países desenvolvidos, incluindo o Brasil. Cerca de 12.000 novos casos ocorrem anualmente, segundo as estatísticas mais atualizadas. Somente uma pequena porcentagem dos cânceres pediátricos, ao contrário de vários que acometem os adultos, possui uma causa conhecida. O progresso no tratamento obtido nas últimas décadas tem sido muito promissor, alcançando o índice de 70% de sucesso. As chances de cura aumentam exponencialmente quando a constatação e o diagnóstico são realizados o mais precocemente possível.
O efeito da repercussão a nível mundial do trabalho do dublê de advogado e fotógrafo Jonathan Diaz se estende em várias direções. Até há muito pouco tempo a própria pronúncia da palavra câncer era evitada devido ao temor e ao preconceito que a doença provocava e, infelizmente, ainda provoca. O preconceito em grande parte é provocado simplesmente pela falta de informação ou informação equivocada.
O conhecimento adequado possibilita escolher as formas de ação mais corretas e eficazes, quer sejam das pessoas leigas - apoiando instituições, amparando as famílias, angariando fundos, etc. -, assim como a dos profissionais da área, como os médicos oncologistas, nutrólogos, fitoterapeutas, psicoterapeutas versados em técnicas e intervenções da clínica psicossomática; e os cientistas pesquisadores independentes da medicina ortodoxa oficial.
Essa porta aberta pela arte de Diaz é um convite à solidariedade, à participação ativa de todos que foram tocados por ela. 
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Os vídeos abaixo foram extraídos do site Anything Can Be e do canal do youtube. Visite também o Facebook e o site para contatos com o Projeto:
https://www.youtube.com/channel/UCQzBovugG36ViwRPfwF9Jpg
https://www.facebook.com/anythingcanbeproject
http://www.anythingcanbeproject.com/contact-bedford/
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WILLIAN, O Cavaleiro do Dragão

JORDAN, A Alice no País das Maravilhas

CAMIL, A Princesinha Fada 

ELLIE, A Pequenina Padeira

A maioria das crianças do Anything Can Be venceu a batalha do câncer e sobreviveu. Infelizmente, Ethan, o Pequeno Batman e Jordan, a Pequena Alice, não tiveram a mesma sorte e faleceram.
     
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Alguns pequenos fragmentos de uma resposta de Medard Boss, psiquiatra e psicoterapeuta suiço, sobre a morte em uma de suas muitas palestras:
¨...A partir do que já foi dito de fundamental, entende-se facilmente, por exemplo, a observação que sempre pode ser feita em crianças antes da puberdade, quando geralmente não têm medo da
Medard Boss - 1903/1990
morte, desde que não sejam ¨contaminadas¨ pelo medo dos adultos. Não é que elas não tenham medo de morrer por não saberem o que é isto. Os adultos angustiados também não o sabem por experiência própria. Crianças antes da puberdade não têm medo por ainda não se entenderem como sendo um sujeito isolado, o qual poderia ser destruído separadamente. As crianças são ainda tão sustentadas por seu âmbito
 de origem que não podem compreender-se como algo isolado, e por isso não podem também ter medo da própria destruição como parte de um elemento indivisível, individualizado.
...No procedimento angustioso diante da própria morte, esta se revela como o apagar definitivo no nada vazio, como o fim de tudo. A única certeza, porém, é que a existência humana, depois de ter morrido, não está mais no mundo da mesma forma corpórea como antes. Mas esta certeza não exclui, de forma alguma a possibilidade da morte justamente não trazer consigo a aniquilação radical de tudo - o que é temido na angústia diante dela. A morte pode certamente significar uma transformação do estar-no-mundo existencial anterior numa forma de ser totalmente diferente, numa forma de ser que, sem dúvida, não é acessível aos mortais enquanto eles vivem.¨
*grifos nossos
      *
Morri como mineral e tornei-me planta.
Morri como planta e renasci animal.
Morri como animal e tornei-me homem.
Por que devo temer? Quando fui eu diminuído por morrer?
Ainda outra vez morrerei, como homem, para me elevar
com os anjos abençoados, mas até da angelitude 
terei de sair.
Tudo, exceto Deus, perece.
Quando tiver sacrificado minha alma angélica,
Tornar-me-ei aquilo que nenhuma mente jamais concebeu.
Oh, deixem-me não existir!
Porque a não-existência proclama,
em sons melodiosos, 
que a Ele regressaremos.
Jalal ad-Din Muhammad RUMI
     O Amor é leve. Expande. Entrega. Deixa ir. Libera. Não Retém.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

ASCOMCER - Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora

ASCOMCER
  Dedicação e Compromisso

A escolha pela constante, massiva e cotidiana exibição da violência, do descaso, do individualismo, da indiferença, da injustiça e da miséria humana adotada pelos meios de comunicação de massa, a mídia globalizada cria, sustenta e reforça uma realidade que é o seu reflexo. Em razão de alguma intenção nefasta e velada, ou simplesmente pela busca de uma maior audiência, não importando os meios, sejam quais forem, para obtê-la, tal ideologia perversa provoca não a reprovação e a indignação. Ao contrário, o resultado de tamanha superexposição é a insensibilidade, a desilusão, a apatia, a resignação e a sujeição.
Invisível a muitos, e ao largo desse foco, uma infinidade de instituições, organizações, associações e iniciativas individuais contradizem esse sombrio universo paralelo midiático.
Na cidade mineira de Juiz de Fora, a Ascomcer realiza com sucesso há mais de cinco décadas um lindo trabalho humanitário em prol do paciente oncológico carente.
A Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer, ASCOMCER, é uma entidade civil de caráter filantrópico e sem fins lucrativos. Fundada em 04/01/1963 por Maria José de Baeta Reis, uma sobrevivente de um câncer de colo uterino, que dedicou o restante de sua vida ao atendimento do paciente oncológico indigente e à prevenção do câncer. A Associação surgiu como resultado da Primeira Convenção Brasileira das Organizações de Voluntárias Femininas de Luta Contra o Câncer, realizada em julho de 1962, na cidade do Rio de Janeiro.
Desde a inauguração, em 1988, da sua atual sede (Hospital Maria José Baeta Reis), situado no bairro Cascatinha, o Hospital ASCOMCER, como é popularmente conhecido, destina 94% do seu atendimento aos pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde, e os outros 6% aos pacientes de planos de saúde e particulares.
Com muito suor e firmeza de propósito, e sempre com o apoio de companheiras, de cidadãos ilustres, médicos e voluntários; como também da sociedade Juizforana e da região, o sonho de Maria José Baeta Reis foi aos poucos se concretizando. No início, ainda sem um local adequado, o atendimento era realizado por toda uma equipe no domicílio dos pacientes, onde, além da assistência médica e medicamentos, recebiam roupas, alimentos e muito suporte afetivo. Logo no mês seguinte à sua fundação, em fevereiro, a Sociedade São Vicente de Paulo cedeu à entidade 6 leitos e condições para a instalação de uma enfermaria.
Fazenda Tapera
Em 1969 foi fundado na sede da antiga Fazenda Tapera o Instituto Dr. Cícero Tristão, onde a entidade, sempre amparando e atendendo aos pacientes carentes, permaneceu por 20 anos até a conclusão das obras do atual Hospital em uma área de 1520 m2 cedida pela prefeitura. Inicialmente custeada apenas com as promoções mensais realizadas pela própria associação e o apoio da comunidade, contou também com doações de empresários locais, além de receber uma grande ajuda financeira internacional, por meio do governo alemão.
Uma história de muita perseverança, construída em passos sólidos e em contínua evolução é o marco característico da trajetória da Associação desde o seu início até os dias atuais. Um caminho pontuado por resultados concretos em constante harmonia com o sonho de Maria José Baeta Reis e das suas companheiras que o compartilharam.
O Hospital possui um dos mais modernos equipamentos de combate ao câncer em termos de tecnologia mundial: o Acelerador Linear, que possibilita o controle exato das doses de radiação,
permitindo o tratamento de tumores mais profundos, poupando os tecidos benignos próximos ao tumor, diminuindo os efeitos colaterais e atingindo o objetivo com mais rapidez e precisão.
A ASCOMCER reúne as melhores condições para o atendimento dos seus pacientes. Além de uma excelente equipe multidisciplinar formada por experientes e qualificados profissionais, o hospital conjuga toda uma moderna e informatizada estrutura operacional com um espaço onde a dignidade humana é tão valorizada quanto a eficiência médica.
Antes de terminar este texto, é preciso destacar a perseverante e generosa dedicação da equipe de voluntários, o cuidado especial na forma como as crianças são acolhidas e amparadas; e, finalmente, a ótima notícia da ampliação do Hospital.
Visite aqui o site oficial da Instituição, e leia aqui a Revista comemorativa de 50 anos da ASCOMCER.
Informe-se, participe dos eventos e campanhas, doe e contribua para que a Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora continue a ser referência em atendimentos oncológicos e um orgulho para todos nós.
                 
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A supervalorização do individualismo, do espaço privado, do egocentrismo infantil e do culto à celebridade, deprime, contrai, isola e embrutece os homens; seca os olhos, murcha e calcifica o coração. A solidariedade, a compaixão, a camaradagem e a doação de si demonstradas em atitudes semelhantes às dos ascomcerianos resultam em expansão da fronteira egoica, em alegria genuína compartilhada, em profundidade existencial, no retorno e reencontro de si no outro.