sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Paragem do Tempo

Paragem do Tempo

 


Embolada do Tempo
Alceu Valença



Você quer parar o tempo
E o tempo não tem parada
Você quer parar o tempo
O tempo não tem parada


Eu marco o tempo
Na base da embolada
Da rima bem ritmada
Do pandeiro e do ganzá

Você quer parar o tempo
E o tempo não tem parada
Você quer parar o tempo
O tempo não tem parada

O tempo em si
Não tem fim
Não tem começo
 
Mesmo pensado ao avesso
Não se pode mensurar












Você quer parar o tempo
E o tempo não tem parada
Você quer parar o tempo
O tempo não tem parada

  
Buraco negro
A existência do nada
Noves fora, nada, nada
Por isso nos causa medo

Tempo é segredo
Senhor de rugas e marcas
E das horas abstratas
Quando paro pra pensar

Você quer parar o tempo
E o tempo não tem parada
Você quer parar o tempo
O tempo não tem parada


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